O minimalismo está em alta. Existe design
minimalista, arquitetura minimalista, estilo de vida minimalista e, claro,
fotografia minimalista. O minimalismo começou com uma corrente artística cujo o
principal objetivo era utilizar elementos mínimos e básicos. Hoje o minimalismo
é visto como aquilo que é simplificado e reduzido ao essencial, simples e
clean. É utilizar apenas elementos fundamentais para se expressar, assim como a
intenção de descartar tudo o que é desnecessário.
Na fotografia, é comum questionarmos “o
que podemos deixar de fora?” quando temos a intenção de criar uma obra
minimalista. Sua composição basicamente se resume à contornos e curvas fortes.
Não é preciso de muito para poder expressar. “Menos é mais”.
“Solitário num vasto espaço” é dessa forma
que Michael Kenna se descreve de acordo com as suas fotografias. Quando
observamos suas obras, é comum termos a sensação de que estamos dentro de
imagem, sozinhos, vivenciando aquela paisagem a nossa frente. Simplicidade das
linhas que produzem formatos gráficos, seu estilo também é marcado pelo alto
contraste: as áreas claras são bem claras e as escuras, bem escuras. Grande
parte das suas fotografias são produzidas à noite. Utilizando longa exposição,
Michael consegue captar as luzes, as nuvens, a neblina. Kenna considera que
toda imagem é como uma escultura, quando é em preto e branco, há mais espaço
para a imaginação. As técnicas utilizadas por Kenna são as linhas diagonais,
regra dos três terços, cortes de edição.
Utiliza o preto e branco nas suas fotos
por acreditar que a ausência de cor, ele compara essa utilização do branco em
branco nas suas fotos com a poesia japonesa haiku, em que apenas algumas
palavras sugerem um mil interpretações e um mundo enorme. É essa a intenção do
fotógrafo a abraçar o minimalismo em suas fotografias.
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