quinta-feira, 27 de março de 2014

Ah, a vida universitária...

Depois do vestibular, de ser aprovada, de acreditar que a mudança chegaria, era, de fato, a hora de mudar.

Mudei para Bauru no dia 15 de março. Logo, comecei a arrumar o meu cantinho, tentei deixá-lo com a minha cara, o meu jeito. Só quem compartilhou quarto com irmão a vida inteira sabe como é gostoso ter, finalmente, um canto só seu. 



A primeira semana na UNESP foi rica em palestras, palestras sobre o curso, sobre as áreas do curso e as expectativas para o mesmo. Infelizmente, só compareci em uma, pois o fato de eu ter ido em grande parte das festas da primeira semana (que aliás, foram incríveis) dificultou eu acordar cedo para comparecer nas palestras.


Uma coisa que me chamou atenção em Bauru é o tempo. O dia pode amanhecer ensolarado, sem nenhum indício de chuva que, algumas horinhas depois, uma chuva pode cair. Assim, do nada. Aprendi que é essencial ter um guarda-chuva na bolsa, mesmo que tudo indica que não vá chover (em Bauru, vai sim).


O céu de Bauru é incrível. Nas vezes que fui nas festas da primeira semana, observei o Sol nascer, o céu ficar pincelado com diversas cores. Sabe quando olhamos para o céu e vemos arte? Nos sentimos até mais vivos por isso? É assim que eu me senti todas as vezes que pude ver o céu clareando, o dia nascendo.


Uma das maiores vantagens de morar em prédio, na minha opinião, é poder olhar para a sacada quando o Sol se põe. Tenho vontade de ficar olhando até ele sumir completamente. Sem nada em mente, só... observar.


Eu sempre gostei das pequenas coisas da vida, as mais simples, do dia-a-dia, mas depois que eu me mudei para Bauru, que comecei a morar sozinha, a ser obrigada a ter mais responsabilidade, meu gosto pelas pequenas coisas da vida aumentou. Cada céu pincelado importa, cada detalhe, cada olhar, cada contato, cada compra no supermercado, receita na internet, contas para pagar, cada compromisso agendado, tudo parece ser importante, mais do que um dia eu cogitei que seria.


A mudança é a única constante na vida. Tudo sempre muda. Tudo sempre vai. Às vezes volta. Às vezes fica ou vai de novo. A mudança traça e até cria caminhos que não imaginamos até o ponto em que nos vemos prestes a dar o primeiro passo. Ah, o tal famoso primeiro passo, aquele passo que nos dá um frio na espinha só de pensar nele. Aquele passo tímido, meio desastroso, aquele passo que nos dá vontade de dar dois para trás. A mudança te puxa pelos braços, te leva para ruas desconhecidas, para pessoas desconhecidas. Ela, enfim, te leva para o desconhecido. O desconhecido que, um tempinho depois, se torna o seu lugar, o seu mundo, onde você pertence. Até que a mudança surge de novo e lá vai ela querer te puxar para outra direção, para o outro desconhecido e outro e outro e outro... De quantos desconhecidos e de quantas mudanças precisamos para saber que a vida só é vida enquanto pudermos mudar?

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sexta-feira, 7 de março de 2014

HQ: Daytripper - Fábio Moon & Gabriel Bá

● Título: Daytripper.
● Autores: Fábio Moon & Gabriel Bá.
● Páginas: 256.
● Editora: Vertigo.

● Sinopse:
Brás de Oliva Domingos tem só mais um dia de vida. Pode ser o dia em que ele conhece seu grande amor. Pode ser durante sua grande viagem da adolescência. Pode ser o dia em que ele começou a entender a família. Pode ser quando ele decidiu ajudar seu melhor amigo. Pode ser na velhice. 
Os grandes momentos da vida, a família de onde você vem e a família que você constrói, ser filho e ser pai, ter amor e ser amado. No trabalho de maior sucesso dos brasileiros Fábio Moon e Gabriel Bá, toda uma existência é contada em dez capítulos – dez dias – sob a sombra constante (e mágica) da morte. 
A minissérie ganhou os prêmios Eisner e Eagle, além de ter sido indicada ao Harvey e ao Shel Dorf Awards e ficado duas semanas na lista de coletâneas em quadrinhos mais vendidas do The New York Times. É a HQ brasileira de maior sucesso que já se viu no exterior. (Via Vertigo)

● Minha opinião: Essa HQ foi uma das primeiras HQs que eu li. Não li muitas, pretendo ler muito mais, mas essa me encantou desde a primeira página, sou grande fã de obras que mostram os pequenos detalhes e prazeres da vida, do dia-a-dia e Daytripper é exatamente assim. Nos apegamos ao personagem e passamos a entendê-lo, a nos ver naquela determinada situação. Cada capítulo é uma surpresa, virar a página se torna ainda mais prazeroso quando não sabemos o que esperar e, no fim, só nos surpreendemos. Indico para quem gosta de HQs, além da história envolvente, a arte é linda.











Assim que fechei a HQ, uma única pergunta ficou na minha cabeça:

  "Quais foram os dias mais importantes da minha vida até agora?"

E vocês, já conheciam Daytripper? Possuem HQs favoritas?
Para quem quiser acompanhar os belos trabalhos dos irmãos, é só acessar o blog deles.
Para quem quiser comprar a HQ, ela pode ser encontrada na Saraiva e no Submarino.

Aos poucos irei fotografando e colocarei as poucas (mas queridas) HQs que eu possuo, junto com a minha opinião sobre.

● PS: Obrigada de verdade por todo o carinho, para quem está começando, isso motiva muito!
● PS2: Pode ser que eu demore para atualizar da próxima vez, semana que vem (15/03) estarei de mudança para Bauru, para cursar Jornalismo na UNESP. Iniciarei a minha vida universitária (falei um pouco dela aqui) e as coisas provavelmente vão ficar corridas, mas assim que eu arranjar um tempinho, venho aqui falar sobre o início dessa fase que a maioria diz que é a melhor da vida (e que assim seja!).

Um beijo,
Bruna.